simples

Coelhinho, branco como a neve,
salta da caixinha de músicas.
Eis a sutileza de um sorriso,
feito embrião a pulsar sua vidinha.
Gargalhada infantil e palminhas de algodão
festejam o brilho nos olhinhos.
Simples reconhecer um bichinho tão singelo.
Simples querer tocá-lo tão ansiosamente.
Simples desejar a vida
como algo que segue engatinhando.
Simples ser sempre sorridente
e querer alcançar com as mãos
algo que salta além dos olhos.

São Paulo, 20 de outubro de 2003

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