descaminho reticente

Minha abóbada distingue as pernas,
os passos, as pegadas das pétalas
em seu trejeito arqueológico.
Em verdade, um trejeito reticente,
não situado no agora;
e da curvatura óssea, broto de vertigem platônica!
Em verdade, manifestações de interação saltem das cinzas,
fertilidade!
Da pétala enraizada, sorriso embrionário!
No parto, natural em seus vieses,
reencontre a frondosa cena de descompromisso da alegria!
Amortecimentos afins, obtusidades afora.
Esse é meu vulcão cultivado.
Infantil? Metafórico? É o que recolho...
E, se não incorrermos, a abóbada e eu, na pureza...
é o que nos resta
E, se não incorrermos na pureza,
que os labirintos deste jardim invadam,
num ritmo moroso e desapercebido,
os capilares deste mistério.
Que dilua suave por entre os eventos todos até o inimaginável céu.

São Paulo, 11 de janeiro de 2011

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