corda

Naquele desabitado espaço,
entre as colinas da afetividade (pretérito marrento)
e o impossível horizonte (hipótese inapreensível),
tensiona uma corda frígida em que,
rasgada pelo silêncio das negativas,
equilibra-se,
nua,
em meio ao indizível vão,
a esperança onírica de um desatado enigma.

Não iludem os artificiosos disfarces, nem as esquivas fugidias.
Estes sustentam os intervalos da cadeia perplexa,
feito um vício desatento de ânimo encantado.

São Paulo, abril de 2011

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