Poesia Possível!

Colocar-se em cena à frente de si mesmo, passar por cima de pormenores mesquinhos, criar, recriar, cultivar aquilo que se É.



... "o teatro também toma gestos e os esgota: assim como a peste, o teatro refaz o elo entre o que é e o que não é, entre a virtualidade do possível e o que existe na natureza materializada.
O teatro reencontra a noção das figuras e dos símbolos-tipos, que agem como se fossem pausas, sinais de suspensão, paradas cardíacas, acessos de humor, acessos inflamatórios de imagens em nossas cabeças BRUSCAMENTE DESPERTADAS; o teatro nos restitui todos os CONFLITOS EM NÓS ADORMECIDOS com todas as suas forças, e ele dá a essas forças nomes que saudámos como se fossem símbolos: e diante de nós trava-se então uma batalha de símbolos, lançados uns contra os outros num pisoteamento impossível; pois só pode haver teatro a partir do momento em que realmente começa o impossível e em que a poesia que acontece em cena alimenta e aquece símbolos realizados". (ARTAUD)

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