desdizendo

Os timbres crespos dos ramos verdes gracejam verbos à
luz-que-versa copa acima:
o riso de um Voltaire disfarçado-em-plumas ponteia uma pentatônica (com dedos de grifon) num flautim oculto.
Sob a cabeleira, sempre aquele riso!
E saber que...
a palma-da-folha dissertava sobre o vento ausente, dedilhando suspensa sua especialidade de ser folha, sem dar conta dos galhos ou dos apetrechos distorcidos.

Era o que Shiva, em sua dança herética, recriava com seu móbile, sambando sobre o divã, enquanto se ria do analista-atlante charutudo, desdizendo-para-dizer dos gracejos sobre os ramos.

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