ALEXANDER SOLJENÍTSIN (1918-2008)


Escritor russo que, perseguido e caluniado pelo regime soviético stalinista, denunciou o funcionamento dos GULAGS (campos de concentração na URSS).

Surgidos no final da década de 1910, os Gulags existiram até meados dos anos 1950. Por eles passaram, segundo estimativas, 28 milhões de pessoas, dentre elas o próprio escritor detido por oito anos.

Adotando práticas literárias para fugir da censura (SAMIZDAT: sam=auto, si próprio; izdat=editora) Soljenítsin viu crescer este mesmo movimento, por ele utilizado, em fins da década de 1960.

O período em que Khrushchov esteve no poder (1953-1964) – momento de liberalização relativa à que se deu o nome de “Degelo” – estimulou exigências de liberdade. Era a Desestalinização, que promovia a anistia aos presos políticos, abrandava a censura e combatia a corrupção do período em que Stalin esteve no poder (1924-1953).

Prêmio Nobel de Literatura (1970) com a obra “O Arquipélago Gulag”, denunciou as atrocidades praticadas pelo governo soviético contra os prisioneiros enviados para trabalhos forçados daquele universo penitenciário.

Em 1974 Soljenítsin foi obrigado a se exilar devido à repercussão de seus escritos. Seu retorno ocorreu vinte anos depois, quando a URSS não mais existia. Faleceu em 2008.

DOC.: “A História Secreta do Arquipélago Gulag” em espanhol - (FRA-2008: Jean Crepu/Nicolas Miletitch) – 1, 2, 3, 4, 5.

DOC.: “Os Dialogos com Soljenítsin” em russo/legendas em inglês - (RUS-1998: Alexander Sokurov) – 1,
2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17, 18, 19.

FILME: “Um dia na vida de Ivan Denisovich” em inglês – (NOR/RUN-1970: Caspar Wrede)

FILME: “O Primeiro Círculo” em russo – (RUS-2006: Gleb Panfilov) – 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10.

DOC.: "Apostrophes - Aleksandr Soljeniţîn" em francês/legenda em romeno - (FRA-1975: Bernard Pivot)

"O pano de fundo obscuro do estritamente dado, este pano de fundo formado por nossa natureza imutável e única, surge na cena política como o intruso que na sua impiedosa diferença vem nos lembrar os limites da igualdade humana".
(Hannah Arendt)

"O stalinismo não constituía somente um erro, um desvio, um engodo político; sentia, já, que era ainda pior: uma mutilação e uma mutação do homem que punha em causa os próprios fundamentos da existência".
(Edgard Morin)

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