instantes

Novas cores repousam nas colinas da imaginação.
A lua, em instantes diferentes,
aponta o segredo elíptico do brilho.
Gigantesca feito um sono,
tateia os olhos úmidos de vida.
E por detrás dos olhos
vai algo além.
São meigas colinas sólidas e ondulantes
ao sabor das essências
que as narinas interceptam despercebidas.
Quanto mais subjetivas as sensações do fogo na alma,
maior é o deslocamento do astro.
Um boa noite
e um romântico
escondido na palma do mundo cálido e juvenil.
Instantes demasiados pesam na curva dos cotovelos
que apóiam um crânio
e um conjunto de vieses sensoriais.
Olhai bem para o céu
para notar o peso do corpo
sobre o parapeito da janela.

São Paulo, 7 de março de 2004

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