paciência

Se faço correr a tinta sobre as telas do pensamento,
sem dar por ele, revelo incônscio,
num salto quântico, os segredos da cicatriz,
como quem sacode as áureas adormecidas,
como quem expurga o silêncio acometido dos tempos.

Nada faz crer na avidez sacra dos risos articulados:
são temerosos de vida, feito piões na inércia dos sons.

‘Nosso eterno aqui’ resigna-nos em vastidão alheia!

São Paulo, 03 de abril de 2011

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