cultivo das nuvens

O relevo marinho de um
teto surpreendido foi passarela abstrata
à paternidade encarnada.

No hálito de um reflexo,
como quem, distraído,
encara as correspondências enfileiradas,
o cimento rústico fez abrigo.

No hálito de um reflexo,
o tinir desajeitado de um equilíbrio
lança-se, como força extrema,
à esperança dos equinócios ausentes.

No mais, resta o cultivo das nuvens.

São Paulo, 29 de junho de 2011

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