sagrado coração

Sentimento,
vestido em carne avessa, átrios e conduites,
caminhante dúbio em sua miopia,
ponteia a seta na imensidão oblíqua,
fazendo estalar nas intuições
os recursos sensitivos sobre suas pernas
a marchar, passo a passo, seus dias de alento.

Montada em seus ombros,
a cornucópica lua repousa em cama desfeita,
em fronha sedosa.

E por sobre este pórtico fardo,
intercala,
a carne avessa, desdizeres
de uma chama trépida que se crê iluminada,
diante da marcha abissal.

São Paulo, 30 de junho de 2011

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