E segue mais esta embarcação, coletânea desenfreada de proa a recortar o sal-do-mar, que viver é preciso, e enxergar a imensidão, e captar aquele brilho que há nas coisas e lançá-lo no ar, lançá-lo aos ventos.
É que algo de encantamento graceja enquanto se respira o ranger das tábuas no mar. E é posto à proa, para sacudir à brisa, um tantico de peito aberto, de braços suspensos, como quem abarca, à pulmões cheios, o sorriso das possibilidades humanas, reconhecendo, à esmo interno, a grandiosidade e a delicadeza que há.
Tomemos a roda do leme, que os ares nos são favoráveis e que há flutuações a serem descobertas nesse tombadilho do existir.
Marujos, algo à vista.
Samuel Barber - Adagio for Strings, op.11. Uncut
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