Necessidade Fisiológica!

Valeu SIM, Thiaguinho!



"Nunca como neste momento, quando é a própria vida que se vai, se falou tanto em civilização e cultura. E há um estranho paralelismo entre esse esboroamento generalizado da vida que está na base da desmoralização atual e a preocupação com uma cultura que nunca coincidiu com a vida e que é feita para reger a vida.

Antes de retornar à cultura, constato que o mundo tem fome e que não se preocupa com a cultura; e que é de um modo artificial que se pretende dirigir para a cultura pensamentos voltados apenas para a fome.

O mais urgente não me parece tanto defender uma cultura cuja existência nunca salvou qualquer ser humano de ter fome e da preocupação de viver melhor, mas extrair daquilo que se chama cultura, idéias cuja força viva é idêntica à da fome.

Acima de tudo precisamos viver e acreditar no que nos faz viver e em que alguma coisa nos faz viver – e aquilo que sai do interior misterioso de nós mesmos não deve perpetuamente voltar sobre nós mesmos numa preocupação grosseiramente digestiva."

(ANTONIN ARTAUD em "o teatro de seu duplo")

2 comentários:

G.C.F.S disse...

Hoje, muito além, nos falta a busca de uma ideia -ou de várias- e além do desafio de encontrá-la, e seguir tua vontade estamos a perder o incentivo.
Muitas vezes, assim como uma folha cai d'uma árvore, seja pelo vento, ou simplesmente pela falta de força, ou qualquer situação, ideias vem à mente como um turbilhão, conduzi-las, decifrá-las, ou apenas divulgá-las em sua forma prima se torna ainda mais difícil quando constante, quando há uma frequência. Quando você busca manter o ideal de sua inspiração.
Com isso a simples ideia "se torna" um valor que pode trazer muitas outras ideias e atribuir valores e seguir como uma 'bola de neve'.
Você teve uma ideia, agiu e tornou-a acessível não apenas àqueles que convivia, mas assim como uma biblioteca, a todos que tem interesse, e seguiu adiante.
A sua ideia hoje, divulga ideias pro amanha, constrói, ensina pro futuro.
Você foi um professor e se um dia deixar de trabalhar com isso, abandonar a profissão, você ainda será um professor.
Porquê tudo o que fez aqui, tornou outros aprendizes em professores, o que te torna um mestre, que assim como o aprendizado, não se esquece.
Começou e continua perseverante no blog, é simples, mas é funcional.
Parabéns maninho...
do caralho.

Yoga Café disse...

Eu estava justamente na semana passada falando deste filme com um aluno. E eu dizia a ele que o que mais me espanta é em como o ser humano se repete. E este discurso de Chaplin ainda se mantem atual. Lindo o video, amo este discurso e Chaplin, by the way. E o texto de Artaud não poderia ser mais perfeito.
Thanks!