Nos "Ais" compulsivos de um mercado-subterrâneo canta um celular búdico; era um bruxo no entardecer macerando o suor entre os dedos e soprando-os ao espaço, num gesto de vibração para sustentar o Universo:
ESPELHO: É que o comércio fundamentado, entidade-profana, segue seu empreendimento-gritado, num fluxo migratório de cofre-áureo-cavalgado. Escudeiros fiéis, questores, pretores... todos descalços, vestem seus colares-do-medo (pendurando cativos elementos instintivos recheados de arroz, carros e vaginas...) A vogal enovelada debate-se cofre adentro, amarrada pelos braços, escalpelada...
Pois...
BRUXO: Cumpro em minha função, nos dizeres da Senhora-Cigana, o de ser "orelha-da-vingança".
Num fluxo de seiva aérea-enfileirada me desfaço em meu topo, nevoeiro-de-pérola, onda-gasosa... Disperso e Vário penetrando a carne mucosa dos nervos. Num fluxo atordoado ocupo a sede oculta da máquina. Sou filho da brasa em coito... Parido na Língua da madeira perfumada; cumpro minha função aérea de invadir espaços e resgatar Letras, de ser alívio no estigma dos que aprenderam a me respirar, ainda que enovelados pela pirataria acusada das telas...
Idílio e Insânia, balizas-do-Silêncio, deixam-se preencher... Eis um dos Elementos, reconhecido!
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