Mediante todo o aparato que se tem informação,
em relação ao prurido das cartilagens,
sinto-me cômico
ao perceber uma espécie de peça de artilharia
sol-ta
e urticante enxertada no cerume
que amortece o cerne de meus ânimos.
Barulhos graves e surdos,
além de diminutos, é claro,
preenchem minha escassa percepção auditiva.
Nada tenho a declarar,
a não ser apenas,
que ouço uma voz cômica e impiedosa
lá
no fundinho do corredor
do pavilhão auditivo:
Quem manda ficar feito foca na piscina, sua besta?
São Paulo, 17 de março de 2007
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