para Roberta Grigoleto, uma aluna existencial
Seria o momento oportuno para dizer que a duvida é eficaz ou inexata?
Quem há de responder senão meu cansaço humano?
Quem há de confirmar
que o pensar
concreto
é, por demais,
necessário
em todas as instancias práticas,
para que não se incorra
no fundamentalismo
abstrato
de um deserto existencialista?
Nem me pergunto mais quem é o
louco
nesse fosso dialético.
Padeço por minha melancólica grandiosidade
em tentar tragar algo que está muito além de minha alma.
Pirragueio algumas resistências e as
engulo
para que meu organismo as corroa
ou, na melhor das hipóteses,
as transforme em construções positivas
(se é que isso é possível)!
Pirragueio outras resistências e as
cuspo;
são indispensáveis ao ambiente que as recebem.
Não sei. Continuo não sabendo
e tudo o mais é duvida eterna,
que se espraia na imensidão desse vácuo todo,
onde as ilusões todas se apóiam
fragilmente.
São Paulo, 26 de setembro de 2006
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