Na equalização sonora da arquitetura das nuvens, que pulsam suas canções, emergem as seguintes teias:
LEMBRANÇA: seu rosto gestual disfarçava, incompetente, o encantamento mediado pelo afeto; a etiqueta dos Sentidos, tão poetizada, leve e sutil, tornara-lhe um fardo obsessivo diante do espelho; a aflição tomara-lhe, pelas pernas, pelos olhos.
A Entrega era o abismo.
E então fez-se um silêncio...
Agudo e febril.
Fez-se um silêncio-gritante rasgando as energias do tempo.
Seu olhar empobreceu.
Mas para isso servem os óculos escuros, também...
Para isso servem...
LEMBRANÇA: mas posso tocar esse silêncio... possuo as chaves... está tudo lá... protegido, num ninho-quente-aconchegante-de-palha-ocre-iluminado, num canto lúcido do mundo, que faz lembrar o fim de um corredor parado no fundo absurdo de um olhar possível... NO FUNDO ABSURDO DE UM OLHAR POSSÍVEL... por trás de um óculos escuro.
INSÂNIA: calcanhares com asa, recalques em brasa!
IDÍLIO: chamem Oscar Wilde, crístico acorrentado feito um Prometeu... Precisamos de um veredito... Surre-alice?
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2 comentários:
Surre-alices, surre-mundo, sub-mundo.
Muito Bom, Maurinho!
Lindo, muito lindo mesmo...
E aguardando os próximos.
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